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sexta-feira, 29 de junho de 2012

baixa rotação


Acelerador a fundo em baixa rotação

Acelerador a fundo em baixa rotação
Para se dirigir da forma mais econômica possível, é interessante manter o carro sempre na rotação mais baixa possível? Ou seja, compensa por exemplo trocar a marcha para a seguinte e manter a velocidade, porém em rotação mais lenta? É melhor manter, por exemplo, uma velocidade de 80 km/h a 3.000 giros, ou compensa passar para a quarta marcha, mantendo a mesma velocidade porém a 2.700-2.800?
 A dúvida comum procede: sempre ouvimos e lemos, inclusive em publicações que se dizem especializadas, que acelerar mais a fundo -- mesmo que em rotação mais baixa -- provoca aumento do consumo. Mas é preciso deixar claros alguns conceitos.
A borboleta de aceleração controla a admissão de ar pelo motor: quanto mais aberta maior o fluxo; mais fechada, cria-se uma resistência e a admissão diminui. Esta resistência, que gera o efeito de freio-motor quando se corta a aceleração, provoca as chamadas perdas por bombeamento. Portanto, quanto mais aberta a borboleta (mais pressionado o acelerador), menores as perdas por bombeamento e melhor o rendimento.
Ocorre que há dois modos de extrair a mesma potência de um motor: com maior rotação e borboleta menos aberta, ou com menor rotação e borboleta mais aberta. Se determinado carro precisa, digamos, de 30 cv para se manter a 120 km/h, esta potência pode ser obtida -- hipoteticamente -- a 3.500 rpm em quinta marcha, com maior abertura de borboleta, ou a 4.300 rpm em quarta, com menor abertura. Como no primeiro caso as perdas por bombeamento são menores, o consumo será também menor.
Isso se aplica a qualquer rotação e velocidade. No uso urbano, utilizar marchas o mais altas possível traz menor consumo, mesmo que implique maior abertura de acelerador para se andar ao mesmo ritmo. Na estrada, a quinta pode ser mantida mesmo em aclives e nas retomadas em que não há necessidade de resposta rápida -- mais uma vez, não importa que o acelerador tenha de ser premido a fundo.
Esse conceito explica por que adotar relações de transmissão mais longas traz redução no consumo (saiba mais). Infelizmente, muitos motoristas no Brasil parecem se incomodar em reduzir marchas para ultrapassar ou ao cruzar uma lombada, levando os fabricantes a utilizar marchas excessivamente curtas em vários casos -- o novo Polo é um exemplo típico.
Vale observar que o conceito aplica-se apenas a motores do ciclo Otto (a gasolinaálcoolgás natural) e a quatro tempos. Nos dois-tempos e nos de ciclo Diesel, maior abertura de acelerador provoca diretamente aumento de consumo.
 Fonte: Best Cars

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